quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Bar e-mail














Quando seus beijos nascem num bar e terminam em e-mail
se eu não os devoro, eles me devoram primeiro.

Então, sugo tudo.
Sugo até a última letra, ou cevada.
Sim, sou um pouco dado, me dou por inteiro.

Minhas palavras sempre são completas,
Meu copo sempre está cheio.
E meu corpo aberto.

Mas, agora, só o que me resta é ler um e-mail.
Com frases cortadas ao meio.
Com beijos jogados pra escanteio.

Se me cabe, nesse texto, ser grande?
Já nem sei desculpe,
Você se foi, mas eu continuo inteiro!

Rimei sem verso,
Versei sem conteúdo.
Não tenho medo.

*Com coautoria de Jéssica Moreira

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